As ondas erguem-se como se de pé tentassem alcançar a chuva mansa enquanto os braços da espuma se enrolam no sabor do mar E o sol estremece na varanda onde me habituei ao eco dos teus passos, à forma como transpiras primaveras
O teu beijo é refúgio quando te mostro as mãos vazias e não te importas Confesso: todos os frutos que prov na tua ausência são calafrio
É no teu silêncio, nesse teu silêncio intacto, que dormem as frias marés onde despimos as palavras da sua literatura
É nesse teu silêncio, nessa febre, nessa dormência só tua que as cavalgadas do mar largo sacodem as suas crinas e regam a costa com os frutos do teu novembro
Quando partes... sou eu quem não sabe como voltar
Escrevo a dor pintada nas palavras ao vento que me sopra a vontade de já não ser
Quem sabe um dia o vento te traga nas suas asas até mim
As ondas erguem-se como se de pé tentassem alcançar a chuva mansa enquanto os braços da espuma se enrolam no sabor do mar
ResponderEliminarE o sol estremece na varanda onde me habituei
ao eco dos teus passos, à forma como transpiras primaveras
O teu beijo é refúgio quando te mostro as mãos vazias e não te importas
Confesso: todos os frutos que prov na tua ausência são calafrio
É no teu silêncio, nesse teu silêncio intacto,
que dormem as frias marés onde despimos as palavras da sua literatura
É nesse teu silêncio, nessa febre, nessa dormência só tua que as cavalgadas do mar largo
sacodem as suas crinas e regam a costa com os frutos do teu novembro
Quando partes... sou eu quem não sabe como voltar
Escrevo a dor pintada nas palavras ao vento
que me sopra a vontade de já não ser
Quem sabe um dia o vento te traga nas suas asas até mim
Até lá saudade minha
(...sempre...)